25 de set. de 2012

PESOS E MEDIDAS NA CULINÁRIA

Nem sempre quando vamos preparar uma receita temos uma balança a mão ou um copo medidor, por isso uma boa tabela de conversão de medidas caseira é uma ótima opção. Mas mesmo assim devemos ficar atentos pois nem tudo hoje têm o mesmo padrão, muitas vezes encontramos algumas xícaras de chá menores ou maiores que os 240ml padrão, assim também com a colher de sopa. Mas a tabela continua sendo uma ótima conselheira na hora do aperto.

Tabela de Pesos e Medidas 

Pesos e Medidas
1 Litro
4 copos americanos
1000 ml
1 Xícara
16 colheres (sopa)
240 ml
1 Colher (sopa)
3 colheres (chá)
15 ml
1 Colher (chá)
1/3 colher (sopa)
5 ml



Ingredientes (1 Xícara de chá)
Peso
Açúcar
160 g
Araruta
150 g
Arroz cru
210 g
Amêndoas, nozes e castanhas.
140 g
Aveia
80 g
Banha
230 g
Chocolate em pó
90 g
Coco seco ralado
80 g
Farinha de mandioca
150 g
Farinha de rosca
80 g
Farinha de Trigo
120 g
Fubá
120g
Maisena
150 g
Manteiga
230 g
Mel
300 g
Polvilho
150 g
Queijo ralado
80 g
Uva Passa
140 g


Equivalências (G)
1 litro
6 xícaras (chá) ou 4 copos
1 garrafa
3 e ½ xícaras (chá) ou 2 e ½ copos
1 copo de água comum
 250 g
1 prato fundo nivelado
200 g
1 xícara (chá) de liquido
150 g ou 20 colheres (sopa)
1 xícara de chá rasa de açúcar
120 gramas
¼ xícara de chá de liquido
5 colheres (sopa)
1/3 xícara de chá de liquido
6 colheres (sopa)
1/2 xícara de chá de liquido
10 colheres (sopa)
2/3 xícara de chá de liquido
12 colheres (sopa)
¾ xícara de chá de liquido
15 colheres (sopa)
1 cálice
9 colheres de sopa de liquido
1 quilo
5 e ¾ Xícaras de chá
250 g de manteiga
1 e ¼ Xícara de chá
¼ de xícara de chá de manteiga ou margarina
4 colheres de sopa
1 xícara de chá de amendoim torrado
140 gramas
1 xícara de chá de farinha de rosca
150 gramas
1 colher se sopa de farinha de rosca
11 gramas
1 xícara de chá de coco ralado seco
75 gramas
1 xícara de chá de óleo
170 gramas
1 colher de sopa de óleo
10 gramas
1 colher se sopa de sal
13 gramas
1 colher de chá de sal
5 gramas
1 colher de sopa de fermento em pó
12 gramas
1 colher de chá de fermento em pó
5 gramas
1 xícara de chá de maisena
120 gramas
1 colher de sopa de maisena
8 gramas
1 colher de chá de maisena
2 gramas
1 pitada é o tanto que se pode segurar entre as pontas de dois dedos ou 1/8 de colher

Manteiga(margarina e gordura vegetal)
1 xícara
200 g
½ xícara
100g
1/3 xícara
65 g
¼ xícara
16g
1 colher de sopa
20 g


Açúcar
1 Xícara
180 g
½ xícara
90 g
1/3 xícara
60 g
¼ xícara
45 g
1 colher sopa
12 g
1 colher de chá
4 g

Farinha de trigo
1 Xícara
120 g
½ xícara
60 g
1/3 xícara
40 g
¼ xícara
30g
1 colher de sopa
10 g
1 colher de chá
3 g


Líquidos (leite, água, óleo, bebidas alcoólicas, café, etc.) (ml)
1 Xícara
240 ml
½ xícara
120 ml
1/3 xícara
80 ml
¼ xícara
60 ml
1 colher sopa
15 ml
1 colher chá
5 ml

Chocolate em pó (cacau em pó)
1 Xícara
90 g
½ xícara
45 g
1/3 xícara
30 g
¼ xícara
20 g
1 colher sopa
6 g


Retirado do livro "Prato do Dia Para Crianças".




Empadas


5 de set. de 2012

PANIFICADORA DOMÉSTICA


Minha experiência com a panificadora doméstica.


Há muito tempo venho resistindo à tentação de mais um eletrodoméstico da moda, as panificadoras caseiras. Sempre ouvi alguns comentários bons e ruins. Mas como já tinha a útil centrífuga de sucos Walita, aquela que faz todos os tipos de sucos, desde que você tenha sempre muitas frutas frescas ( principalmente abacaxi e maçã, que são as frutas que mais dão certo), sua família tenha hábito de tomar sucos naturais e saudáveis  e você tenha paciência para lavar todas aquelas peças. Achei melhor não arriscar. Mas recentemente fui levada a fazer uma troca, minha útil e maravilhosa centrífuga por uma panificadora doméstica. Então pensei se ela for tão útil como a centrífuga vai ser bom que mudo um pouco o visual do balcão, já estava mesmo cansada de ver a centrífuga ali quietinha sem se mexer. Mas para minha surpresa a panificadora, tem se mostrado bem útil, no sentido real da palavra.  Então resolvi fazer este post para passar algumas dicas para um melhor aproveitamento das panificadoras caseiras tão na moda hoje.

Antes de começar as dicas, minha panificadora é a Multi Pane da Britânica.

  1. Não deixe de ler com atenção o manual.
  2. As receitas funcionam mesmo.
  3. Não ignore a seqüência dos ingredientes, os líquidos sempre primeiro. 
  4. Se você quer um bom resultado terá que dar atenção ao inicio do preparo quando a massa é misturada, para ver se tudo esta homogeneizando bem.
  5. A quantidade de farinha costuma variar um pouco, pois às vezes uma farinha é mais úmida que a outra, então há necessidade de acrescentar mais líquido se a massa estiver muito dura, ou um pouco mais de farinha se estiver muito mole. O líquido ou a farinha extra devem ser acrescentada bem aos pouquinhos para não passar do ponto.
  6. Caso não queira gastar energia elétrica, pois além de funcionar como uma batedeira de massas ela também é um mini forno elétrico. Faça  todos os procedimentos conforme a receita e espere a massa crescer, crescida a massa retire da panificadora e modele seu pão, coloque em uma assadeira com um pouco de farinha, para não grudar, deixe crescer novamente e leve para assar no forno a gás.  No forno a gás o pão fica mais macio.
  7. Se você tiver noções básicas de panificação poderá utilizar muito mais sua panificadora, criando novas receitas e melhorando as que vêm com seu manual. O importante neste caso é sempre observar a textura da massa, durante aqueles primeiros minutos onde ela faz as mistura dos ingredientes e a quantidade de farinha suportada pelo seu equipamento, geralmente 4 copos e meio de 240 ml. Já fiz algumas receitas tradicionais aqui de casa que antes eu fazia na bancada e sujava a cozinha toda de farinha e deu muito certo.

  Receitas ligeiramente adaptadas.

Pão doce com fubá de canjica e cardamomo.

Receita original pão doce
(ciclo pão doce)

Ingredientes
1 copo de água
1 colher de café de sementes de cardamomo
1 1/2 colher (sopa) de margarina
1 1/2 colher (chá) de sal
6 colheres (sopa) de açúcar
4 colheres (sopa) de leite em pó
2 copos de farinha de trigo especial
1 copo  de fubá de canjica
2 colheres (chá) de fermento biológico seco instantâneo

3 colheres de sopa de margarina
½ copo de açúcar cristal
1 gema
1 colher de sopa de leite

Modo de Preparo:

1.Retirar a fôrma de assar de dentro da Panificadora Multi Pane.
2.Adicionar todos os ingredientes na ordem acima.
3.Recolocar a fôrma de assar na Panificadora.
4.Escolher o Ciclo:
Pressionar o botão OPÇÕES: 5 (pão doce).
5.Selecionar o tamanho do pão:
Pressionar o botão QUANTIDADE DA MASSA e escolher a opção I (para pães de 450g
ou 600 g)
6. Fechar a tampa.
8. Pressionar o botão INICIAR / PARAR.

A panificadora vai misturar todos os ingredientes, descansar um pouco e depois vai bater a massa por uns 20 minutos. Passado este tempo, desligar a panificadora, e deixar a massa crescer, se preferir pode retirar a massa colocá-la em vasilha coberta com filme plástico. Depois que a massa crescer colocar um pouco de farinha na bancada e abrir a massa com 0,5cm de espessura. Passar margarina em toda a massa e polvilhar açúcar cristal. Enrolar como rocambole e cortar as fatias, finas ou grossas. Colocar em assadeira untada com margarina e deixar crescer. Depois de crescidas, passar a gema misturada com leite para que fiquem douradinhas. E levar para assar, o tempo do forno vai depender da espessura da fatia.


 Pizza

Massa para Pizza
(Ciclo Massa)

Ingredientes para pães de 600 g
1  copo de água
1/2 colher (chá) de sal
2  colheres (sopa) de azeite de oliva ou vegetal
1 colher de sopa de manjericão picado
3 copos de farinha de trigo especial
½ copo de farelo de trigo
1 1/2 colher (chá) de fermento biológico seco

Modo de preparo

1.Retirar a fôrma de assar de dentro da Panificadora.
2.Adicionar todos os ingredientes na ordem acima.
3.Recolocar a fôrma de assar na Panificadora.
4.Escolher o Ciclo.
   Pressionar o botão OPÇÕES: 8 (massa).
5.Fechar a tampa e pressionar o botão Iniciar/Parar.
6.Quando a massa estiver pronta, retirá-la da fôrma de assar, em uma bancada com um pouco de farinha abrir a massa na espessura desejada  e colocar a massa dentro de uma fôrma de pizza untada preferencialmente com azeite de oliva. Deixar crescer por 10 minutos.  Enquanto o forno aquece. Colocar o molho sobre a massa e pré assa- lá por uns 8 minutos. Acrescentar  o recheio de sua preferência. Deixar no forno aproximadamente 20 minutos. O tempo de forno na verdade conforme o gosto de cada um mais crocante mais forno, menos crocante menos forno. 

22 de ago. de 2012

BOLINHOS DE ARROZ


Quando eu era criança era comum minha mãe fazer bolinhos de arroz, era uma forma de aproveitar sobras de arroz e incrementar o almoço quando a mistura, ou seja a carne, era pouca. Gostávamos muito, era sequinho por fora e úmido por dentro, temperado com cebolinha verde, fazia o maior sucesso. É engraçado como coisas simples como essas são esquecidas. Mas hoje lembrei-me dos bolinhos; fiz  e ficaram ótimos.



Bolinhos de Arroz

4 xícaras de arroz cozido
2 xícaras de leite
2 ovos
1 abobrinha pequena ralada grosso
½ xícara de farinha de trigo
Salsinha e cebolinha a gosto
Sal a gosto ( a sobra de arroz já tenha sal, então é só completar)
Óleo para fritar

Preparo:

Leve o arroz ao fogo, juntando o leite, a salsinha, a cebolinha e a abobrinha, até ferver. Junte de uma só vez a farinha de trigo, mexendo bem para não encaroçar. Deixe esfriar um pouco e junte os ovos e o sal. Frite em óleo quente às colheradas.

21 de ago. de 2012

Bisnagas de Leite


Esses dias me dei conta de quanto é caro nosso delicioso pão francês. Se levarmos em consideração que 5 kg de farinha de trigo hoje custam em torno de 7 reais e que a base do pão francês é farinha, água, sal e fermento. O valor de 7,00 a 11,00 reais o kg, deixa o pão francês meio salgado. Isso sem falarmos em nutrição. Então o jeito mesmo é voltar ao tempo da vovó e fazermos o bom pão caseiro de cada dia.

Bisnagas de Leite  

Ingredientes:

500g de farinha de trigo
100g de açúcar
100g de margarina
50g de fermento biológico
1 pitada de sal
2 ovos
200 ml de leite aproximadamente

Misture primeiro os ingredientes secos e depois aos poucos coloque a margarina, os ovos, o fermento e o leite. Amasse até ficar uma bola bem macia, caso necessite acrescente mais farinha ou mais leite, isto depende muito da qualidade da farinha. Cubra com um plástico e deixe descansar por meia hora. Depois faça as bolinhas, coloque em assadeira untada, pincele com uma mistura de gema e um pouquinho de leite espere até que dobrem de volume, torne a pincelar e leve ao forno a 200°c por cerca de 10 minutos.

14 de ago. de 2012

Broinha de Fubá de Canjica


 Há tempos tento descobrir uma receita de broinha de fubá de canjica que seja parecida com as de uma padaria de São João Del Rei e São Sebastião do Paraíso cidades mineira. Já tentei uma dúzia de receitas da broinha macia e oca por dentro. Para os amantes de mais esta iguaria mineira deixo aqui a receita que mais se aproximou.


Ingredientes:

1 copo (de requeijão) cheio de óleo
1 copo de água;
1 copo e meio de leite + uma pitada de sal;
1 copo de fubá de canjica peneirada; 
1copo de farinha de trigo peneirada.
De 3 a 4 ovos
2 colheres de sopa de açúcar


Preparo:

Misturar o fubá e a farinha de trigo já peneirados.  Aguardar.
Misturar e por para ferver o óleo, a água e o leite com o sal.   Quando ferver, colocar a mistura da farinha com o fubá e mexer muito bem, até formar o angu.  Despejar o angu numa vasilha e acrescentar o açúcar.  Deixar esfriar um pouco e amassar com ovos, um a um,  até o ponto de fazer as broinhas. O ponto da massa é de um angu meio mole, mas não líquido  Pegar uma xícara  de café, untá-la com óleo \e borrifá-la com um pouco de fubá de canjica.  Tirar uma colherada de sopa da massa, jogá-la dentro da xicrinha e bater (balançar a xicrinha segurando pela asa).  Ela ficará toda envolta nessa mistura.  Colocá-las num tabuleiro untado, uma ao lado da outra, deixando um espaço para crescerem. Levar para assar a 180° por 30 minutos ou até dourarem um pouco.

Esta receita quem me mandou foi uma querida amiga Ione do Santuário do Caraça. E também contei com a ajuda do Tiago da empresa Rocinha, que me enviou via correios o fubá de canjica. Já que o fubá de canjica é um produto típico mineiro, só encontrado em Minas ou em casas especializadas com produtos mineiros.
       

http://www.produtosrocinha.com.br/
http://www.santuariodocaraca.com.br/

31 de jul. de 2012

Pudim de padaria


Ingredientes:
1/2 litro de leite 
1/2 kg de açúcar 
200 gramas de farinha de trigo 
3 ovos 
5 colheres (sopa) de coco ralado (50g) 
2 colheres (sopa) cheias de queijo ralado (50g) 

Para a calda: 
2 xícaras (chá) de açúcar 
1/2 xícara (chá) de água 
  

Preparo: 

Comece pela calda. 

Em uma panela coloque o açúcar e água. Mexa. Deixe ferver até obter o ponto de caramelo, entre 10 e 12 minutos. Não mexa mais para não açucarar. A seguir, coloque a calda em uma forma redonda de buraco no centro e reserve. 



Pudim: 

No copo do liquidificador coloque o leite e os ovos. Bata. Junte o queijo e o coco, torne a bater. Adicione o açúcar e a farinha e bata novamente. Coloque na forma caramelizada. Leve ao assoalho do forno, em banho-maria,  pré-aquecido em 200ºc por 40 a 45 minutos. 



Dica: Quando colocar a água na forma do banho-maria, lembre a água deve estar quente, assim cozinha mais rápido.




Uma Forma Atenção!!!!




Uma Forma Atenção!!!!


21 de jun. de 2012


Dica de leitura

Minha Vida De Menina - Helena Morley
 
Quando Helena Morley - pseudônimo de Alice Dayrell Caldeira Brant (1880-1970) - era criança, na Diamantina dos anos 1890, seu pai, pequeno minerador descendente de ingleses, aconselhou-a a escrever diariamente num caderno suas observações sobre o mundo à sua volta.
Ela seguiu o conselho do pai e, entre os doze e os quinze anos, manteve um diário em que anotava não apenas o dia-a-dia na família e na escola, como também agudos comentários sobre a vida da cidade e da região, com seus costumes arraigados, suas relações sociais, suas contradições.
Minha vida de menina é esse diário; ele cobre os anos de 1893 a 1895, mas só foi publicado em livro pela autora em 1942, causando impacto imediato nos meios intelectuais brasileiros.
História da vida privada avant la lettre, o livro radiografa o cotidiano da sociedade brasileira de província nos primórdios da República, momento em que "a escravidão acabava de ser abolida e o trabalho livre não estava ainda enquadrado nas alienações da forma salarial", como observou o crítico Roberto Schwarz em seu ensaio sobre Morley, "Outra Capitu" (em Duas meninas, Companhia das Letras, 1997).
As contradições sociais, as lentas inovações tecnológicas, os atritos interpessoais, as festas religiosas, as várias faces do "racismo cordial", tudo isso surge nas páginas de Minha vida de menina numa linguagem franca e saborosa, plena de humor e calor humano.
Por seu valor literário e histórico, o livro foi exaltado por escritores como Carlos Drummond de Andrade e Elizabeth Bishop (que o traduziu para o inglês), e chegou a despertar dúvidas sobre a idade da autora ao escrevê-lo. À suspeita de que teria sido redigido já na maturidade, Guimarães Rosa contestou que, nesse caso, não conhecia em nenhuma outra literatura "mais pujante exemplo de tão literal reconstrução da infância".
Uma coisa é certa: em Minha vida de menina Alice/Helena criou uma obra de encanto singular, que pode ser lida como romance de formação de uma mulher e, ao mesmo tempo, de um país.


Helena Morley é o pseudônimo Alice Dayrell Caldeira Brant, nascida em 28 de agosto de 1880 em Diamantina, Minas Gerais. Estudou na Escola Normal da cidade e casou-se, em 1900, com Augusto Mario Caldeira Brant, com quem teve seis filhos. Faleceu no Rio de Janeiro, em 1970. Minha vida de menina foi traduzido para o francês por Marlyse Meyer e para o inglês por Elizabeth Bishop.



Augusto Mario Caldeira Brant (“Leontino”) e
Alice Dayrell (“Helena Morley)
Prefácio 5ª reimpressão – 1999 Companhia das Letras, 1998



Este livro, talvez por ter sido escrito em forma de diário, nos faz participar de cada momento vivido por Helena. E eu como mineira de coração, vivi cada cena. Visualizando os móveis, as roupas, as casas e principalmente as comidas.